Aquele garoto, que ia ao baile todo domingo e carregava as caixas, agora é o dono do som


Simone, Débora, Simaria e Simão na Exapicor Resende

Foto: Arquivo Pessoal

              

              Experiência em grandes festas, grandes eventos, grandes acontecimentos. Este é Markus Simão, filho de uma família dita “que nem precisava trabalhar”, devido a frutos colhidos por seus pais, Sr. Munir e Ivone, mas desde muito garoto gostava de trabalhar. Aos 12 anos, já fazia como Dj algumas festas para os amigos. Com a pandemia hibernou, e este ano já participou de diversos eventos, inclusive no Rio e SP, tem até evento de jogador de futebol no currículo de 2022. Ex "fazedor de som”, montou sua própria empresa de eventos, de som e iluminação, considerada por pessoas do cast a mais completa da região.


              Simão: em Abril realizei um evento de food truck na Avenida Beira Rio, em Resende. Está nítida a vontade das pessoas de estar ali, vivendo esses momentos. Até teve uma coisa muito engraçada no primeiro dia, rapidamente aquele local ficou cheio e eu fiquei observando: tem um produto que só é vendido em festa, o camarão no espetinho, num determinado momento tinha umas 10 pessoas comendo o camarão, que mostra a disposição de ir à rua se divertir, estar com outras pessoas.


              Como começa a história da empresa do Simão? Entre pequenos e grandes eventos, como a Exapicor, que dura 2 semanas, como a empresa se estruturou para realizar festas na Região, em São Paulo ou no Rio?


              Simão: Eu falo sempre aos meus colaboradores que eu sou um carregador de caixa de som que virei empresário. Se perguntasse minha especialidade, eu carregava caixa e montava som. Dentro da Exapicor, desde 2003 /2004, eu sempre estava trabalhando lá. Sempre gostei de festas e em diversos momentos participei, mesmo quando o realizador era uma empresa de fora. Eu estava lá como carregador de caixa, fiz som de linha, um painel decorativo para a boate, eu sempre estava envolvido. Mas nunca almejei estar à frente porque sempre eram empresas de fora. Até que em 2016, uma coisa que eu nunca almejei, aconteceu:  fizemos a produção da Exapicor, e conseguimos concentrar todas as fases da produção do evento tudo aqui na cidade mesmo. Uma vitória para nós, argumenta Simão.



O carnaval de Resende também foi reestruturado?


              Simão: Em 2019, o Prefeito Diogo e sua equipe decidiu mudar, fazer um pré-carnaval da cidade na Praça da Bandeira, quando já tinha sido realizado em outros lugares e não firmava num local. O pré-carnaval na Praça da Bandeira ficou muito bacana.


              O sucesso chegou também para a Festa do Pinhão, que não foi realizada durante os dois anos da pandemia. Hoje a Associação de Moradores local faz a produção, a Prefeitura é organizadora e nós montamos as estruturas, os palcos, as barracas. E levamos novidades que sempre agradam ao planejarmos a festa num tamanho maior, para atender ao público crescente, retornando da pandemia do covid-19.


 

Como você faz para trazer novas experiências? Viaja? Ou no Youtube?


              Simão: pra trazer novidades participo de grupos. Hoje a Simão Produções é 80% montagem e estrutura e 20% produção. Viajamos muito com o objetivo de criar experiências para os jovens, os adultos, a família, não é simplesmente um show, você está lá porque quer ir a um estande, ou na praça de alimentação do evento, conhecer um parque de diversão e terminar a noite dançando numa boate. E o período de pandemia ajudou os produtores de eventos a entender isto.

Ou seja: tem que pensar fora da caixinha, né.


 

O que mudou na produção de eventos, antes e depois da pandemia?


              Simão: Muita coisa mudou. Acessórios, como pulseiras ligadas a aplicativos que informam quando o banheiro está vazio, as lives feitas pelos artistas com grande apoio do público, feitas em estúdios e locais diferentes, uma nova experiência para o artista e para o público.

Além de voltar ao convívio social o público está buscando novas experiências. Chegamos a criar ambientes para as pessoas fazerem self, isso é real. Recebi dados outro dia indicando que os jovens gastam quatro vezes mais com novas experiências, seja em eventos, no turismo, do que comprando mercadorias. Se o ramo de eventos não compreender isso, vai ficar para trás.



Esta reportagem e muito mais está na Revista Viver Agulhas Negras, 3ª edição. 

Clique no link e leia a revista digital. 
https://issuu.com/cristianeparacat/docs/viver_agulhas_negras_3a._edi_o_-_ago22

 

Aquele garoto, que ia ao baile todo domingo e carregava as caixas, agora é o dono do som Aquele garoto, que ia ao baile todo domingo  e carregava as caixas, agora é o dono do som Reviewed by Editora on outubro 27, 2022 Rating: 5

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